um dia a gente aprende

 

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Um texto da minha querida nova amiga Zane Capp.

Lindíssimo.

Um dia a gente aprende

Que o sol nasce pra todos…mas nem todos
conseguem apreciá-lo como ele merece!
Que a lua é a mesma em cada lugar
do universo… os olhares no entanto são
diferentes… e nem todos conseguem
enxergar a magnitude da sua infinita beleza!
Que a felicidade está em compartilhar o
pouco que temos e que agindo assim
tudo em nós passa a ter mais significado!
Que a vida passa na velocidade dos
dias, horas, minutos, segundos… e que nem sempre
sabemos interpretar que é preciso
respeitar o tempo…pois só ele remediará
todos as feridas, só ele fará com que no andar
lento e trôpego da carruagem as coisas voltem
aos seus lugares!
E que o tempo sempre nos trará coisas boas e novas…
Um dia nós aprendemos…
que os sentimentos são inúmeros…
ilimitados…alguns exagerados, outros
mais tímidos e recatados…mas que o
que os torna tão belo e únicos é o fato
justamente de serem assim como são: únicos!
Que as pessoas amam uma às outras
e que nem por isso elas falam a mesma
língua sempre, ou têm as mesmas intenções
ou compartilham os mesmos sonhos…
e mesmo assim se completam…
ou…ou…ou…
há tantas coisas por aprender…
a vida é um constante sair do lugar…
um mudar de olhares…
Um dia nós aprendemos que…
algumas vezes buscamos perto o que estava longe
ou olhamos longe buscando aquilo que estava perto…
e o amor esteve ali o tempo todo!  

– Zane Capp

Desejo para a semana.

que-a-gente-tenhaQue comecemos essa semana com o pé direito e mais do que isso, que a cada dia possamos reforçar o nosso compromisso com a vida: o compromisso de ser feliz!

Ser feliz com todos os desafios, pois sem desafios ninguém cresce enquanto ser humano.

Ser feliz aceitando as pessoas que entram na nossa vida e com toda a troca que os relacionamentos trazem, independente de onde eles partam.

Ser feliz, na nossa casa depois de um dia inteiro de trabalho.

Ser feliz por estarmos aqui, nesse mundo depois de todas as nossas quedas, decepções e tragédias.

Ser feliz por continuarmos lutando ainda que muitas vezes cansados.

Ser feliz a cada pequena e simples vitória no dia a dia.

Ser feliz pelas vitórias daqueles que nos acompanham nessa jornada.

E agradecer muito ao Universo a oportunidade de estar aqui, vivendo, aprendendo e sendo feliz!

A mudança.

Começou uma fase de preenchimento dos espaços vazios. Aqueles espaços que apareceram após o trabalho de desapego do passado e de tudo o que não serve mais.

woman studying on laptop

E eu comecei a preenchê-los utilizando a minha força de caráter mais importante: a do amor ao conhecimento.

Finalizei o meu curso de coaching aplicado a psicologia positiva em julho e comecei devagar a utilizar as ferramentas e ensinamentos, porém de uma semana para cá apertei o passo e utilizo a maior parte das horas do meu dia absorvendo conhecimento, observando e conversando com pessoas e planejando meu futuro.

Quando mais eu aprendo, mais eu aplico e ainda mais e fico ainda mais empolgada com o meu resultado diante de tudo. É fascinante e motivador.

Falando assim, parece que esse meu momento está tal qual como um mar calmo numa manhã ensolarada de domingo não é?

Nada disso. O momento seria de milhões de preocupações, stress, lágrimas, desespero, caos, ansiedade e insegurança, mas eu estou lidando numa boa, dia após dia, utilizando as técnicas que eu aprendi, inclusive aumentando a esperança, reforçando a resiliência e focando efetivamente na resolução do problema.

life_projectTirei o foco da situação e coloquei-o na solução.

Eu mudei diante dos fatos que se sucedem na minha vida. Sejam eles quais forem. A vida é cíclica e você pode perder ou ganhar todos ou dias. Você somente controla uma fração muito pequena do que se passa no mundo e consequentemente na sua vida, mas a sua vida tem que estar cerrada na suas mãos e você deverá controlá-la na sua totalidade. O que depender de você e somente de você, deve ser realizado. Você deve se comprometer consigo de forma inabalável e indissolúvel.

Devemos nos adaptar aos tempos difíceis e mais que isso, superá-los utilizando nossos valores, habilidades, competências já consolidadas e adquirindo mais conhecimento para que saíamos melhorados dessa situação.

Eu achava que era difícil a mudança (não a efetividade do processo de coaching) até virar uma cobaia de mim mesma e utilizar todo o conhecimento adquirido para mudar a minha realidade e a minha vida.

Os benefícios até o momento são: estou muito feliz, muito mais satisfeita, muito mais agradecida e muito mais motivada para seguir adiante com o processo de auto-coaching. Utilizo as ferramentas e conhecimentos para melhorar a minha vida e a vida de quem estiver disposto a entrar nessa comigo. A minha fé aumentou, assim como durmo melhor e estou mais disposta. A cada dia a visão do futuro e as minhas progressões se tornam mais claras, o que me dá fé, coragem e força como alavanca para atingir o meu objetivo.

Tenho um projeto ambicioso na questão do tempo de implementação, ao qual estou trabalhando ativamente, com muita gratidão e um novo portal para todos que quiserem saber sobre coaching está sendo planejado e desenvolvido, para quem quiser se aprofundar em qualidade de vida, melhora de performance, aumento da felicidade e muitos outros assuntos interessantes e transformadores.

Coaching é transformação. De dentro para fora. Você vai se conhecendo, agindo e quando vê já é alguém bem mais próxima da pessoa que sempre sonhou em ser.

Continuarei escrevendo um pouco a cada dia, sobre as mudanças, ações e medição dos meus resultados, sobre os meus insights e aprendizados, nessa nova fase que está sendo a melhor fase da minha vida.

Agora eu me sinto eu mesma. Trabalhando no que eu gosto na sua potencialidade máxima, vivendo a minha missão e sendo feliz, independente dos desafios que se apresentem.

Bem vindo presente!

nicejob

No baú da vida.

No baú da vida.

baú de sonhos

Hoje por motivos de força maior voltei a ligar meu antigo notebook. Para procurar um documento mais precisamente.

E ao selecionar os arquivos compatíveis, no caso uma imagem, me deparei com o meu passado. Um passado de exatamente 6 anos. Seis anos que eu estou sozinha.

Amigos, empregos, o blog, inglês, italiano, treinamento do coaching, milhões de fotos, sorrisos, casamentos, nascimentos, separações.

Reflexões, questionamentos, autoconhecimento e muita sensibilidade.

Amor, vida, amigos, festas, praia, réveillon, cores, fotos, muitas fotos e imagens, textos, reflexões, perdas. Muitas delas. Um mundo resumido em um HD.

Quanta coisa se passou. Tanta coisa mudou e quanta coisa acontecendo, ao mesmo tempo, agora.

Quanto aprendizado. Quanta filosofia e quanto eu aprendi.

Conhecimento e aprendizagem. Esse é o meu caminho. A minha missão? Ah… Fazer com que as pessoas cheguem aos seus sonhos através de objetivos concretos.

A missão também é ser um ser humano cada vez melhor e amar, todos que eu cruzar pelo meu caminho, como canta Betânia.

Sim. Eu tenho uma missão. Missão de vida. Clara, límpida e borbulhante, fervilhante como a minha vida.

Essa sou eu e não há o que negar. Já não nego mais…Me aceito.

O que trazemos hoje em dia no nosso baú virtual? Ou na nossa bagagem?sonho 6

O que é nosso, e fazemos nos pertencer? O que está contido dentro desse grande pequeno universo que é você?

Tenho muitas histórias para contar, muito aprendizado, muita vivência. Não posso jamais dizer que meu ex-marido me impediu de aprender, pois não seria verdade, mas a reflexão é: passada a paixão, os relacionamentos nos fazem acomodar, portanto, só a falta deles nos fazem sair da zona de conforto e aprender.

São incontáveis as viradas de vida e lições aprendidas nesses anos sozinha. E também muitos motivos para me orgulhar, por cada lição, cada obstáculo vencido, cada aprendizado.

“Viver e não ter a vergonha de ser feliz

Cantar e cantar e cantar

A beleza de ser um eterno aprendiz.

Eu sei que a vida podia ser bem melhor e será

Mas isso não impede que eu repita

É bonita

É bonita e é bonita.” – Gonzaguinha

Sou mulher.

Sou mulher. E louca e enlouquecedora como qualquer uma delas.

Sou assim (mas poderia ser qualquer outra e isso não mudaria o resultado):

Dançarina nas horas vagas, que pode ser vagas quando estou parada no trânsito da Avenida 23 de maio, ou na frente do meu computador na empresa, na sala da minha casa de moletom e meia.

Sou metida a cantora. Canto no chuveiro, na cozinha, no carro, no quarto. Na minha cabeça sempre há uma musica que combina com o momento que eu estou vivendo e uma dança que combina com essa música.

Que ninguém me impeça de cantar, de dançar. Eu sou assim e nunca vou parar… (até rimou, mas não foi essa a intenção… rss).

Sou conhecedora rasa de vinhos, amo muito as várias combinações.

Sou amante dos animais. Amo meus gatos e a troca dos bichos com os seres humanos. Eles são lindos. Cachorros, gatos, periquitos, peixinhos dourados, coelhinhos. Não interessa. Só quem tem contato estreito com animais sabe exatamente o que eu estou falando.

A maioria das pessoas que eu conheço tem aversão a gatos e eu tenho três. Elas dizem que eles são egoístas, irritadiços, infiéis e interesseiros. Infelizmente essas pessoas não conhecem os meus gatos.

Meus gatos sabem quando eu estou triste, quando estou doente, quando quero a presença ou quando quero ficar sozinha. Gatos são bichinhos extremamente sensíveis e inteligentes. Também são muito carinhosos. E independentes.

Não se puxa um gato para perto de você se ele não quiser. Isso é muito legal. Um ser humano independente que lida com um bicho independente. Um bicho que tem vontade própria.

Nem todo mundo entende isso, mas depende muito da sua carência por bicho para entender, no mais eu não estou escrevendo hoje sobre gatos, estou escrevendo sobre mim como mulher embora o texto possa ser atribuído à outra com facilidade.

Viu só? Outra particularidade minha e que pode ser atribuída a outras mulheres também, emendamos um assunto no outro e logo nos esquecemos do primeiro. Arborizamos a conversa (como diz o meu querido Joe) e no final existe uma série de ramificações, de conversas paralelas que não foram terminadas.

Mas porque começamos esse assunto mesmo?

Ah! Lembrei. Sou assim…

Sou chef de cozinha sem regras, cozinho por prazer. Gostaria de ter alguém especial para cozinhar e leia-se aqui especial como “amor”, porque eu cozinho para o meu filho, para o meu irmão, para os meus amigos e para mim, quando estou sozinha. Ou seja, tenho vários motivos para cozinhar, mas não tenho aquela pessoa especial que eu definitivamente “pegarei” pelo estomago. Mas, ok! Isso é uma questão de tempo.

Sou tia de todos os meus sobrinhos, sejam eles de sangue ou não. E cuido de todos eles com o mesmo desvelo e com o mesmo amor. Aliás, o bom da vida é você ter mais família do que a sua própria. E eu sou tia, tia de uma série de sobrinhos.

Sou a amiga louca e risonha, uma eterna adolescente, divertida e muito, mas muito chorona. Amiga que enlouquece as amigas, mas que também é serena e sabe ouvir, sabe somente escutar, sabe amparar e tem uma capacidade de manter a calma em horas de crise que é incrível.

Mãe sofredora e culpada como qualquer uma das outras. E só de pensar no meu filho, sinto meus olhos encherem de lágrimas.

Aliás, ser mãe acho que é o que define uma mulher. É o que a faz enlouquecer de vez. Nada será suficiente e se você fizer, você se sentirá culpada, se não fizer você também se sentirá culpada. Não há saída.

Ou seja, caminho sem volta. Eu costumo dizer que a mulher concebe duas vezes. Concebe uma criança e concebe a culpa no mesmo instante e você nunca, mas nunca em sua vida será capaz de se livrar dela. Da culpa.

Como toda mulher faço várias coisas ao mesmo tempo, dou atenção a todos que passam pelo meu caminho e me emociono com coisas bobas, banais. Me emociono com aquilo que talvez não tenha sentido algum para outra pessoa e principalmente para um homem.

Sou prolixa como toda mulher, tenho DR’s homéricas e celular na minha mão dependendo do momento é arma. Aliás, acredito que todo homem em algum momento do relacionamento com uma mulher, mais precisamente num momento de crise deve amaldiçoar com todas as suas forças quem inventou o celular. Eu não queria ser homem num momento desses..rsss…quando passa é engraçado…mas na hora…rsss

O que me deixa mais tranquila é que eu sei por todas as minhas amigas e outras mulheres que eu converso, que elas são iguais, ou seja, o lance está no DNA e homens se vocês quiserem ter relacionamentos com mulheres terão que conviver com esse pequeno não diria problema, digamos contratempo…rsss

Ah! Sou palhacinha quando quero…

O dom de escrever às vezes se torna uma maldição porque os dedinhos nervosos não param de digitar e simplesmente me perco no meio dos pensamentos, das angustias, dos questionamentos. A cabeça não para e os dedos também.

Choro no meu quarto escuro como toda mulher. Sou guerreira obstinada quando acho que algo vale a pena e perder uma batalha simplesmente me deixa arrasada.

Estou trabalhando duro para entender que algumas batalhas são perdidas, já começaram assim e que por mais que tentemos, não conseguiremos vencê-las. Não conseguiremos nosso intento. E eu como uma guerreira que sou não consigo simplesmente entender certos “nãos” que a vida dá.

Isso realmente me entristece. E como toda mulher, eu choro.

Choro mas…

Me arrumo como toda mulher, para mim, para um homem ou para matar outra mulher de inveja. Oras, eu sou mulher. Fico linda quando estou contente e ainda mais linda quando estou triste. Afinal de contas ninguém precisa aparecer na rua com cara de choro para mostrar que está triste. Como dizem as bibas: “me monto mesmo”!

Sou otimista por natureza, quero sempre ver o lado bom de tudo e simplesmente escuto alguns sinais que a vida dá. Acredito em signos do zodíaco, tiro cartas de tarô pela internet e gosto que alguém me fale do que vai acontecer no meu futuro, embora eu tenha ressalvas.

Procuro conhecer e me reconhecer em cada um que cruza meu caminho, independente de ser por muito ou pouco tempo. E aprendo.

Aliás, leio tudo, sou curiosa e questionadora. Como uma criança, quero saber sempre os porquês dos porquês?

Sou profissional e me esforço bastante para fazer o melhor no meu ambiente de trabalho.

Como toda mulher adoro flores, pequenos gestos, jantares românticos e dias de preguiça no sofá. Sou romântica e adoro surpresas, assim como também adoro fazer surpresas.

Como toda mulher solteira que passou dos 30 anos, desejo um amor, um relacionamento tranquilo e sadio que me faça crescer e que eu tenha a oportunidade também de fazê-lo crescer.

Desejo um amor que respeite as minhas ideias, meus ideais e meus tempos. Sejam eles quais forem. Que esteja disposto a tudo por mim e por nós.

Que não faça de pequenos contratempos “cavalos de batalha”, porque sendo mulher eu já tenho uma vocação natural para o drama, então, esse amor deve ser equilibrado para que possamos viver em paz.

E que possamos viver uma vida de paz e amor. Um verdadeiro: “felizes para sempre”.

Como toda mulher, tenho oscilação hormonal, às vezes choro por nada, às vezes tenho vontade de matar e às vezes tenho vontade de entrar embaixo da minha cama e não sair mais. Simplesmente não atendo o telefone e não tenho vontade de falar com ninguém.

Sou intensa, forte, dramática, risonha, brincalhona, batalhadora. Sou Elis, Clarice, Marilyn, Nara, Maria, Juliana, Andreia.

Sou várias em uma. E uma parte de todas.

Eu sei que você que está lendo se é mulher, já se viu em muito do que eu escrevi e que se é homem foi com certeza coadjuvante de muito do que está escrito aqui ao lado de uma mulher.

Vejo as muitas nuances em muitas das mulheres que fazem parte da minha vida, mas todas elas em menor ou maior grau são exatamente como eu. Assim, assim, como descrito acima.

Todas batalhadoras, sonhadoras, loucas, dramáticas, culpadas, românticas, esperançosas. Todas: mulheres.

Todas como uma.

Uma mulher como todas!

Definição.

http://www.youtube.com/watch?v=tyBvtrjLUrg&feature=youtu.be

O que te define? Quem é você? Do que você gosta de verdade e o que você quer?

De você e dos outros. Você consegue responder à essa questão?

Como você pensa, como você age, como você sente, como e quando você reage, como você se relaciona com os outros, com você mesmo. Como você ama?

O que te deixa puto, o que te faz sorrir, como você encara a felicidade e quando você se deixa enganar, quando você engana, quando você é bom e quando você literalmente enfia o pé na jaca?

São muitas questões e principalmente questões que juntas e muito bem respondidas definem quem somos e como nos comportamos diante da vida e da nossa sociedade.

Saber o que te define faz com que você olhe as pessoas de frente e saiba exatamente quando e como ser sincero.

Mas o grande lance e barato da vida é justamente saber se definir. É mergulhar nas crises, é vencer o medo, o silêncio imposto, a rejeição, é confiar mesmo quando o coração já sofreu, e superar os próprios limites e os limites impostos pelos outros.

Definir quem se é, passa por superação com certeza.

Definir-se é superar o insuperável. É olhar para si mesmo com amor e justiça. É encarar que se é humano, falível, passível de erros, às vezes influenciável e vulnerável.

É amar e se magoar. É olhar os outros com amor, é ser sincero consigo mesmo antes de tudo.

É saber que também magoamos mesmo quando estamos munidos das melhores intenções. É saber que as suas melhores intenções passam por uma aprovação do outro e que nem sempre ele vai entender, ou aprovar, ou aceitar e ainda assim se sentirá magoado.

É saber, compreender, entender que ainda com as melhores intenções, você, ainda assim machucará alguém.

E isso o machucará também.

E você deve se perdoar. Isso também o define. A capacidade de entender e perdoar. Aos outros e a si mesmo.

Definir-se é saber que quando se magoa o outro o negócio é recuar e deixar o tempo passar. É rezar para que o melhor aconteça, para você e para ele. É se recolher com o seu sofrimento.

É saber o que se quer e também mudar de idéia quando se chega a hora de mudar. É aceitar que temos nossas necessidades, nossos tempos e que muitas vezes temos o fator de ter outras pessoas envolvidas nessas escolhas.

É saber esperar, saber calar, saber ouvir.

É vibrar no compasso das pessoas que estão ao nosso lado. É deixar que nos amem. É deixar que partam, quando isso for preciso, quando isso for necessário.

É aceitar de peito aberto que existem pessoas que só estão de passagem e outras que ficarão. É notar que a vida é cíclica e que todos nos trazem alguma resposta, algum ensinamento.

É entender que o ciclo da vida é finito. Ainda que nos doa. Ainda que haja pesar.

É saber também que no ciclo da vida, pessoas que desapareceram, de repente aparecerão novamente, trazendo um novo ar, uma nova atitude.

É compreender que às vezes a gente não deve fazer nada, simplesmente deixar, soltar, calar.

É saber que também temos que lutar até dar nossa última gota de sangue. É fazer valer a pena, independente do resultado que tenhamos. É entender que temos que lutar, que viver.

É sentir com o coração, é ser…ser…e sempre ser…ser simplesmente humano.

E termino com a Balada do Louco dos  Mutantes na voz de Ney Matogrosso…

Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz

http://www.youtube.com/watch?v=haf3cilsTwQ

As portas de Erica.

As portas de Érica. As nossas próprias portas.

http://www.youtube.com/watch?v=tLM7IavgyjQ

Tenho assistido muito um seriado canadense que não passa aqui no Brasil. Ele se chama “Being Erica”.

http://www.cbc.ca/beingerica/

É a história de uma mulher de 32 anos, sem emprego, namorado ou perspectivas que “ganha” uma segunda chance de mudar sua história através de uma terapia completamente não convencional: vivendo novamente seus arrependimentos.

Ela entra em contato com seu terapeuta no exato instante em que abre portas para mudar de ambiente. Isso acontece sempre em momentos difíceis aos quais existe a possibilidade de resgate. Seu terapeuta inicia a conversa falando sobre algum arrependimento específico que a faça retornar a cena e momento da vida para a devida reparação.

Shining or lighting the night
Raising the veil from my eye
Waking me up to the light in my life
Cause of my strength
Sum of my dreams
And everything I ever wanted to be…

Os questionamentos que eu tenho me feito nessa terceira vez que eu estou assistindo é: o que não daríamos para abrirmos portas e tentarmos fazer diferente em momentos de arrependimento?

O que não daríamos para revisitar esse passado e viver essas coisas com a experiência e a nossa visão adquirida com o passar dos anos? A nossa visão de hoje?

Acredito que muito dos acontecimentos, fatos e experiências que temos ficam guardados em ambientes na nossa cabeça e coração e o acesso a eles se assemelha a abertura e fechar de portas. Dentro de cada porta, existe um universo particular de vivências.

A cada porta aberta, nos deparamos com experiências que nos deixaram maiores ou menores marcas, nos trouxeram alegrias ou nos fizeram chorar muito e nos trouxe arrependimento. E que nos fazem ser quem somos hoje.

Here I am …
This is me …
Where I’ve been …
In the dark (and) …
In the night (and) …
In the road …
In the right …

O difícil é lidar com a abertura dessas portas. Como e quando abrir as portas do passado, revisitar e limpar situações que não nos fizeram bem, que não nos trouxeram o devido aprendizado.

Como excluir pessoas ou situações da nossa vida sem que isso nos cause constrangimento, tristeza, rancor, magoa ou arrependimento? Como mudar o nosso presente a partir de uma nova visão dos acontecimentos passados? E como re-experimentar uma situação vivida e simplesmente não alterar todo o seu presente? Nunca viveremos um dia igual ao outro ainda que tivéssemos a oportunidade de vivê-lo em detalhes novamente. O ciclo da vida nos impede de repetir situações de maneira idêntica.

Tudo isso tem a ver com o nosso crescimento e uma visão de visão mais lúcida, baseada no presente e no que queremos viver hoje e ser amanhã. Lógico que nossos planos para o futuro devem ser feitos baseados na re-significação do passado e alicerces seguros construídos no presente.

Every choice that I make
Changes the cause I take
Won’t be afraid when I make mistakes

Ou seja, depois que abrimos as portas de vivências passadas e olhamos e revivemos, depois que fazemos essa regressão consciente e com a nossa experiência adquirida ao longo dos anos, mudamos o nosso presente e a maneira de olhar a vida e o futuro. Depois as fechamos e continuamos a nossa vida com a sensação de que fizemos o melhor com as ferramentas que nos foram dadas naquele determinado momento.

Nada disso que eu estou dizendo é fácil. Crescer é muito difícil. Por isso vemos tantas vezes pessoas completamente perdidas e paradas num tempo onde tudo era mais fácil de lidar, onde a zona de conforto nos acolhia, onde não era necessário crescer.

Para encerrar esse “post” um pensamento do próprio seriado “Being Erica” que eu achei maravilhoso:

Crescer é doloroso, mudar é complicado

e tem dias que você deseja que tudo simplesmente pare.

Não seria incrível se pudéssemos só saber?

Para achar que você finalmente viu tudo o que tinha para ver?

Para simplesmente ter acabado?

É a mais difícil e maravilhosa coisa sobre estar vivo.

Não tem importância o quanto você aprendeu,

cresceu ou mudou, você nunca está acabado.”

Pois é. Somos uma peça dia-a-dia esculpida pelas nossas vivências.

E isso é maravilhoso. O ciclo de crescimento nunca acaba se você não quiser que ele acabe.

Em busca do caminho do meio

Em busca do caminho do meio.

“Start by doing what’s necessary; then do what’s possible; and suddenly you are doing the impossible.” – St. Francis of Assisi

Hoje eu não só vou como preciso falar do meu relacionamento com Deus. Falarei de espiritualidade segundo a minha visão e minha experiência, que nada serve para ninguém, mas serve de subsídio para que outros possam pensar a respeito se assim quiserem.

Deus/Universo/A Luz (pouco importa o nome que se dá ao Supremo) opera suas obras em todas as coisas/formas/vidas desse planeta, a todo o momento, sem que estejamos atentos que isso faz parte de algo maior.

Cada desafio na vida de um ser humano, cada lição aprendida, cada sussurro da nossa voz interior, cada ser humano que entra na nossa vida, cada sonho consciente que temos é Deus operando seus milagres.

Que milagres são esses? Longe de mim dar aqui a conotação religiosa para isso. Estou falando de ligação com o divino, com o universo, com a nossa força interior, que nos fala, nos ensina amorosamente tudo aquilo que precisamos saber e/ou aprender.

Estou falando da nossa ligação com o amor. Isso para mim é milagre. Puro e simples.

Adoro estudar as religiões, mas não me ligo a elas, porque eu acho que elas têm tanto em comum e tantas diferenças maravilhosas, que eu posso aproveitar o melhor sem efetivamente me envolver. Definitivamente não é esse meu papel espiritual.

Tem muita gente esperando mares serem abertos para acreditar em milagres. Eu não. Acredito em milagres nas coisas simples, na voz cada vez mais alta e mais sábia da minha intuição, no contato com pessoas do bem e que ensinam muito que são instrumentos de aprendizado. E das pessoas que literalmente somem da nossa vida por não estar na mesma sintonia.

Li uma frase ótima hoje a qual compartilho aqui e que tem tudo a ver com o que eu estou falando:

“O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certezas…” (Bukowski)

Mudando a frase para um contexto mais espiritual vejo o quanto tem gente que acha que tem o “dom da palavra” sem ao menos se questionar se está no caminho certo ou não. #Errograve!

No final das contas eu acabo tendo compaixão, porque afinal de contas, todo mundo tem uma história a ser superada e quando isso não acontece a gente se agarra a vida da maneira que pode, ainda que não seja o melhor caminho.

E ainda me questiono: quem disse que esse não é o melhor caminho para esse ser humano?

Porque tudo isso? Simplesmente porque eu tive nos últimos dias a certeza de que eu estou no caminho certo, o caminho eu que estou trilhando, tenho a certeza divina ser o melhor para mim. Isso acontece simplesmente e toda a vez que abro meus olhos e meu coração para olhar o outro.

E o que eu vi nos últimos dias não foi bom. E o que eu senti? Bem, o que eu senti definitivamente foi péssimo e me tirou do meu eixo. Existem pessoas que entram na vida da gente e nos sugam a energia vital tal como vampiros.

Foi exatamente isso que aconteceu.  Acabou a minha energia e fisicamente apareceu no meu rosto o que estava acontecendo. Mas passou. Passou porque a minha fé é inabalável e a minha conexão com Deus é verdadeira: “tudo o que eu preciso saber vem a mim!” e “Livrai-me de todo o mal”! São meus mantras. E eu pedi. Pedi humilde e fervorosamente: “Que aconteça o melhor!”

E a resposta não poderia ser outra. O melhor aconteceu.

É difícil se estar ao lado da verdade e não ser contaminado por ela. Quem agüenta fica, quem não agüenta vai procurar ilusões, fantasias, histórias fantásticas em outro lugar. Ainda assim, essas pessoas nos contaminam.

Enfim, acabou. E o que veio após isso foi uma noite de sono maravilhosa e reparadora. A paz se instalou novamente no meu coração. Procurei esvaziar-me e me livrar da egregóra e das formas-pensamentos instaladas nos últimos dias no meu espírito.

Hoje acordei depois de um sonho maravilhoso, ao qual eu contarei num outro post, e que mostrou o quanto eu estou no caminho certo, estando no caminho do bem.

Tá soando um papo estranho não é? J

Na verdade é mais simples do que isso a minha estrada espiritual. Ela é formada de sorrisos, de bondade, de compaixão, de paz e de amor. Muito amor. Um amor tão grande que transborda do meu corpo e cria uma espiral de energia boa que atinge a todos que de mim se aproximarem.

Não tenho inimigos, não guardo rancor, não crio ou vejo problemas onde eles não existem.

Estou descobrindo com o Taoísmo o princípio da não-ação. Ou seja, fazer o que você pode e parar de agir para deixar que o Universo tome conta do resto.

Todos os nossos gestos e pensamentos tem uma força e uma certeza. Mudam a nossa história. Os nossos não-gestos, se assim posso falar, também, mas nesse caso, deixamos que forças maiores tomem amorosamente conta daquilo que a nossa razão é incapaz para entender.

Eu acredito na bondade e no amor com toda a força do meu coração e toda a força do meu espírito e é por isso que eu termino esse post com a alma lavada e com as frases:

“Que haja AMOR, COMPAIXÃO e PAZ entre todos os seres do UNIVERSO”!

“Construindo um novo eu, eu construo um novo MUNDO!”

“Ama ao próximo, como a ti mesmo!” (Essa é difícil praticar, porque depende de um auto-conhecimento gigantesco)

E não menos importante:

“Mais AMOR, por favor!” (É somente disso que o nosso mundo precisa. Sem religiões, ideologias, filosofias, razões)

Mais AMOR. Simples assim! 😀

Inverno

Hora de retornar.

Passei algum tempo afastada do blog. Estava vivendo, trabalhando, questionando.

Entrou o inverno e com ele, eu como uma árvore, me dispo das minhas folhas e me recolho.

Muitos amigos me questionam porque eu não saí mais para as baladas e encontros e a resposta é somente uma: no inverno eu inverno.

É uma característica minha. Eu vivo o inverno intensamente. Recolho-me, fico introspectiva, meio triste, penso muito, fico na minha casa, penso muito, assisto a muitos filmes, penso muito, tomo vinho, sozinha ou com as minhas amigas e penso muito mesmo.  Minha natureza questionadora não me deixa parar de pensar.

A minha introspecção e tristeza acompanha o clima e o céu. Quando mais nublado, mais frio, mais melancólica eu fico.

Gosto da sensação de acolhimento que os cobertores e edredons causam. Cozinho bastante, fico mais com o meu filho (quando dá porque ele não é mais um menininho).

A minha vontade sincera é quando começa o inverno, entrar em casa e somente sair quando ele acaba, mas como isso não é possível a vida continuou, eu enfrentei muitos dias gelados, congelantes na verdade.

Deparei-me com meus medos, com as minhas loucuras também. Conheci pessoas, olhei para mim com mais carinho e amor, me cuidei mais, dei novas chances, para mim e para outros. Estou praticando compreensão, mas às vezes é muito difícil nos livrar dos nossos conceitos para poder escutar com o coração do outro.

Vejo que a jornada para mim só está começando.  Estou enfim confortável no meu papel de mãe, dona de casa, gerente de projetos e mulher. Sendo solteira.

A Danuza Leão termina sua coluna de setembro na Revista Claudia com a seguinte frase: “ Só se amadurece quando não se tem mais com quem contar, quando não se tem mais pai e mãe. Mas isso a gente só sabe depois.”. Para mim tem mais um componente: marido.

Eu cresci não porque perdi a minha mãe (está tudo bem com ela Graças a Deus!), mas porque me separei e encarei viver sozinha com o meu filho, relativamente distante da minha mãe, aprendendo a pensar por mim mesma.

O  primeiro ano foi uma verdadeira bagunça mental, não sabia onde estava, para onde ia e o que aconteceria. Perdi emprego e aí o negócio começou a virar de verdade. A mudança foi para melhor, muito melhor.

Passou mais um ano de muitos desafios e aprendizados. E com a mudança da estação e entrada do inverno eu comecei a organizar meus pensamentos e a minha vida. Para isso, o movimento que eu faço é sempre para dentro. Olhando para mim.

Se antes eu achava que eu sabia exatamente o que eu não queria, agora eu sei exatamente o que eu quero e o que eu não quero.  O inverno trouxe a introspecção e a paz de estar sozinha e principalmente ao meu lado.

Passada a fase dos questionamentos eu parti para a ação. Sei exatamente onde estou, para onde vou e onde eu quero chegar.  Usando as habilidades de gerente de projetos, levantei as minhas necessidades e as transformei em vários projetos.

Estamos no final do inverno e apesar de eu ainda não gostar dessa estação tenho que agradecer ao grande ciclo da vida por me dar a oportunidade de viver o meu “inverno interior” e renascer, como renascem as flores na primavera.

Filtro Solar

E porque a gente tem que questionar menos e viver mais:

Faça muito, beije muiiitto, dance muito, ame muito, ria muito, seja muito leve, sorria, seja gentil, diga sempre as três palavrinhas mágicas que abre todas as portas: “Por favor”, “Com licença” e “Obrigado/a”. Se puder fazê-las então com um sorriso no rosto os resultados serão fantásticos.

Coma comidas diferentes. Tente. Experimente. Se delicie com coisas simples da vida, porque as grandes são raras e nem sempre trazem o resultado que esperamos.

Mesmo quando fizer sexo, faça-o com amor, afinal de contas, amor nunca é demais.

Seja sincero. Diga não sem sentir culpa. Diga sim e aproveite.

Não se zangue com o trânsito. Tire esse tempo para fazer analises pessoais, escutar música, olhar para as pessoas que como você, estão presas nessa máquina de levar para lá e para cá.

Tenha compaixão. Aproveite os dias de sol. Agradeça a chuva.

Lembre-se que os dias frios servem também para você valorizar os calorosos abraços, a intimidade e calor da sua casa, com amigos ou com alguém especial.

Leia, ame, sinta, brinque, seja tolerante, seja aberto, medite. Feche os olhos e respire. De preferência, num parque e com o sol no rosto.

Reze. Espere. Confie. Mas nunca deixe de continuar caminhando. Faça a sua parte que o universo faz a dele.

Seja feliz. Aproveite hoje. Porque viver o hoje é uma dádiva e esse tempo que nos é dado é o nosso bem mais precioso.

English version:

E na deliciosa voz do Pedro Bial: