O que eles vão pensar?

13335720

O que os outros vão pensar?
O que eles pensam de mim quando eu tenho a coragem de ser eu mesma?
Quais são os dedos apontados, os julgamentos, as críticas?
Por que? Para que?
A convenção da idade perfeita, do corpo perfeito, da vida perfeita está nos amarrando invariavelmente numa teia de medos sem fim.
O que eles vão pensar? Pensar do que eu não ganho, das minhas vitórias, das minhas derrotas, das minhas fantasias, das minhas loucuras?
O que eles vão pensar quando sou sensata demais, fiel demais, sobria demais ou bêbada demais?
O que eles vão pensar quando eu simplesmente me sinto livre num mundo cheio de correntes, quando não pertenço a nenhuma tribo. Só pertenço a mim. O que eles vão pensar?
O que eles vão pensar quando me emociono, quando sorrio demais, quando falo demais ou quando calo e escuto?
O que eles vão pensar quando verem meu corpo imperfeito “dentro da perfeição criada” mecanicamente para que tudo seja estético?
O que eles vão pensar quando eu não sigo as convenções ou a crença amplamente respeitada nas redes sociais?
O que eles vão pensar se a minha idade por ser muito ou por ser pouco, ou pode ser nada ou pode ser tudo. Sou velha? Sou nova? Sou? O que eles vão pensar?
O que eles pensarão se eu chorar? E se eu sorrir? E se eu estiver feliz? E se eu me emocionar?
O que eles vão pensar se eu me entristecer?
E se eu for muito verdadeira?
E se eu não fizer jogos?
E se eu realmente quiser?
O que eles vão pensar?
Será que eu posso dançar? Devo ficar parada? Posso comer muito ou devo comer somente a “salada”?
Será que eu posso realmente precisar de ajuda ou devo transparecer uma fortaleza?
Será que eu posso ser eu mesma, ser essência?
Será que eu devo ser um personagem? Devo eu então pertencer a Matrix sem questionar?
O que eles vão pensar se eu me controlo? Frígida? Insensível? E se eu quiser demais? Atirada?
O que eles vão pensar?
E o que eles vão sentir?
Eu quero ser amada, mas é muito difícil conquistar alguém assim.
O que eles vão pensar do meu romantismo ou da minha delicadeza ou da minha firmeza?
O que?
Eu só quero ser e fico o tempo pensando no que eles vão pensar.

Hoje eu não chorei. E não deixei de sentir.

soldiers

Hoje era de dia de chorar. E eu não chorei.

Não chorei por tudo que perdi e pelo o que eu talvez um dia poderia ganhar. E não choro também por todas vitórias que aconteceram. Ou pelas perdas.

Queria chorar, mas não choro. Como um soldado… não choro. Somente sobrevivo.

E não acho isso bonito. Eu juro que queria chorar.

Será que já esgotei lágrimas?

E como soldado….

Ahhhhhh….Estava lá eu a pegar a medalha.

E peguei.

Eu estava sozinha muitas vezes e a medalha nem era aparente. Às vezes as medalhas não são de ouro, prata ou bronze, mas são sempre resultado de luta e dedicação.

São de vida e nem por isso são menos importantes.

Eu não sei. A vida será sempre sobre só perder ou ganhar e meu espirito se perde nisso tudo?

Chorar rios de alegria e de tristeza. De vitórias e fracassos e de tudo o que foi bom e de tudo o que decepção.

Ou colocar uma barreira? Tá tudo certo ou tudo errado?

Enfim…

Viver é um ato de coragem. Não é para todos e principalmente não é para qualquer um.

Chorar hoje por ser mulher e chorar também de alegria por não ser um homem. (e se você for um homem somente inverta a frase e ninguém aqui está para reprimir ou julgar)

Fazia muito tempo que eu não escrevia. Muito mais de um ano.

Simplesmente não conseguia e hoje entendo mais e respeito ainda mais os escritores por esse tempo de “branco total” da mente. Eu vivi isso.

Eu queria mesmo escrever.

Acredite você! De verdade eu queria!

Queria vomitar palavras, gritar e fazer “emoticons” lindos, mas elas simplesmente não saiam.

Tem um tempo de falar e tem o tempo de calar e hoje eu vejo que tudo o que saiu da minha boca com raiva sempre foi reflexo da minha amargura. E é sempre aceitar que a raiva fala, briga e faz o indesejado e isso é libertador.

Afinal se existe raiva é porque ela genuinamente existe. Como qualquer sentimento. Aceite. Viva, mas não a deixe tomar conta.

Aprendi que indignar-se com o injusto é bom. Mas a coerência é o contraponto.

E existe o tempo em que tudo estará no lugar mesmo que palavras não saiam:

“Está tudo errado mas ainda assim está tudo bem!”.

Eu estava com medo.

Bicho acuado sentindo a morte chegar e acredite: existe uma força maior que nos conecta tão fortemente a esse mundo e com a vida, que mesmo que você queira, queria muito, ela te impede de todas as maneiras de acabar com que há. Com a vida.

Sinto por aqueles que atravessaram até mesmo essa barreira gigantesca, que para mim ainda é a mais difícil de todas: abdicar da própria vida.

Sinto de verdade e se alguém falar que isso é covardia eu brigo. E muito. De verdade. Ninguém pode avaliar a dor do outro. Ninguém aqui é Deus.

Se eu estou aqui, tenho que brigar por aqueles que se foram (e defender), reverenciar suas almas porque quem nem sequer chegou perto disso, não tem o direito de falar. Existe uma força muito grande em cometer esse ato contra à vida. Isso não é covardia.

Covardia mesmo é viver a mesmice. É não lutar é achar que o calor da zona de “conforto” realmente conforta! E enaganar-se dia após e se sentir vazio noite após noite.

É não ter coragem de virar a mesa e aguentar a responsabilidade de ser quem nasceu para ser.

Calorzinho da zona de conforto só traz amor mais ou menos, trabalho mais ou menos, família mais ou menos, beijo e tesão mais ou menos.

Como eu não sou e nunca fui mais ou menos, prefiro o calor da paixão ardente e do choro descontrolado do que viver o morninho.

Morna só a minha comida porque não gosto de comida quente demais. O resto tem que ser quente e com gosto de aventura e pimenta com chocolate. De vinho tinto com gorgonzola. De agridoce, de mistura.

Tem que ser abundante. Viver é enlouquecer e voltar ao centro todos os dias.

Para poucos esse é o relato: você consegue viver assim…essa loucura…mesmo sozinho e tudo vai ficar bem, mas…

ACREDITE, fácil não é não!!! Viver é ato de coragem diário. Se acovardar não vai resolver nada.

Viver é lutar com a força da gravidade todos os minutos: ela te empurra para o chão, mas você não para de lutar. Você segura e equilibra!

Luta! Equilibra!

E sente o peso de viver!

Viver é lutar contra a gravidade!

No começo eu escrevia sobre amor, mas hoje eu escrevo sobre??

Amor, mas um outro tipo de amor.

IRONIA. Como é viver amando sem amor?

É assim: cantar alto com uma música de blues, dançar com música de criança, beber uma garrafa de vinho com pão italiano e 5 tipos de patês, e chorar quando é rejeitada por amor e ainda acreditar que ele existe, é gargalhar com os amigos, é lembrar do parto e amamentação, é lembrar do seu melhor amigo e saber que pessoas notam a sua presença mesmo que você não perceba, é chorar com o que te emociona, e se indignar com a injustiça. Amar é viver sem desistir.

Então amar é um ato de coragem! Muita coragem.

E como é viver rindo, leve, dançando, brincando, cantando alto, incomodando com a felicidade, brigando se for necessário, inquietando e principalmente indo sempre de encontro à reflexão?

Inquietude. (Essa sou eu). Interessada e apaixonada. Sou de superlativos.

A vida não é mais que um grande borbulhar da água em ebulição e quem se engana na zona de conforto não vive realmente.

E a vida evapora tão rápido quanto a água que ferve.

E é difícil! Muito difícil. Mas extremamente excitante e compensadora.

Ah! Essa vida!

Ela sempre foi difícil e desafiadora desde os tempos dos nossos mais primitivos ancestrais, então porque agora seria diferente?

Mudaram as perguntas, os desafios e as soluções.  Mas a luta pela vida, continua ali.

Que ilusão de Deus a gente tem para achar que estamos vivendo tempos muitos diferentes do que eles viviam?

Viver não é fácil e não é para qualquer um. É um ato de coragem e como citou a minha terapeuta, coragem é o medo em ação.

Viver é isso!!!

Para os dias de hoje viver é abrir a porta do quarto, abrir a porta do coração, é confiar, é ter fé e ter fé meu amigo é difícil porque ter fé é acreditar em todas as possibilidades que na maioria das vezes estão contra a gente.

Mas quando foi diferente?

O nosso maior medo hoje é parecer errado ou inadequado, mas o que é ser inadequado para essa sociedade que diz que como ser humano não devo levar o que vai no meu coração.

E que coloca máscaras, e que com essas mesmas máscaras impostas nos judiam, maltratam e acabam com os nossos sonhos. E que fantasiam que tudo será fácil.

Não gente! Não é. Nunca foi, então porque agora vai ser.

Viver é um soco no estomago como diria Clarice Lispector e quem tenta aceitar a vida como é, achando que tudo isso vai acabar bem, vive uma vida difícil mas rica mesmo toda a riqueza cobrando um preço caro.

É muito difícil mesmo para quem está na linha de frente dessa batalha com fé e que vai se esforçar para desviar de 100% dos tiros ou dos nossos oponentes. Não se engane. Nessa batalha você fatalmente saíra ferido. Mas também sobrevivente.

Viver e um ato para fortes e se engana quem acha que não vai chorar e sofrer. Principalmente quem acredita que no calorzinho da zona de conforto onde está, tudo vai bem. Zona de conforto é a grande droga que faz você não pensar.

Dos nossos ancestrais mais primitivos herdamos a angustia de não saber o que viria pela frente (ou por trás), mas ainda estamos aqui sobrevivendo aos nossos novos pavores ou não tão antigos assim (novas tribos estão sempre chegando e ameaçando àquelas mais “antigas”), o amor é apavorante e as pessoas se tornaram estranhos por não viver na convenção.

Amor é algo novo e se engana quem acha que lida com essa situação. Queremos e repelimos ao mesmo tempo.

O medo de não sobreviver?

O medo!

A casa da gente é dentro do coração. Não adianta procurar no outro, na empresa, na família, na profissão ou no amor. A casa da gente vem com aquele coração pequenino que nasce para esse mundo. Que grita: de medo, pavor, liberdade e amor. Que vive e sobrevive ao primeiro respiro, ao primeiro choro. E que tem obrigatoriamente, que aprender. E que aceita esse fato.

Somos livres. Precisamos dos outros, mas não existe dependência.

Nascemos livres.

Viver é ato de coragem e se você não encontrar uma forma de sobreviver a tudo isso você será o “ Walking Dead” ou “o louco” ou “o alienado”, …[encaixe aqui o seu rótulo preferido (aquele que chamaram e você nunca aceitou)].

Poucos nessa vida tem a força e o desejo de ser quem são.

Viver é ato de fé.

Eu me aceito como eu sou. E eu não estou aqui nesse mundo para abaixar a cabeça para ninguém.

Se eu tiver que sobreviver vou sobreviver lutando de todas as formas possíveis.

Eu amo.

Choro.

Luto.

Trabalho.

Tento ser melhor.

E grito se for necessário.

Mostro os dentes.

Mas eu tenho certeza que eu estou aqui para amar.

E como eu amo!

Porque metade de mim nasceu amor e a outra sobrevive assim.

Trilha sonora para esse post:

Gravity – John Mayer

Era uma vez – Kell Smith

My fight song – Rachel Patthen

Black Bird – Beatles

93 million miles – Jason Mraz

Fix you – Cold Play

Razão, coração e muito mais.

A-razão-e-o-coração

Como é fácil esquecer de quem somos e porque estamos aqui.

Nesse novo tempo onde informação é tudo e onde você tem que estar em evidência e ser aceito e amado por todos é muito fácil assumir novas máscaras e esquecer a nossa essência. É um momento de intensa ansiedade, de medo e de solidão.

Precisamos ser amados, desejamos o amor, mas temos muito medo dele. Temos medo de perder a nossa individualidade, de perder a nossa liberdade, de se perder para o amor.

Amar nessa modernidade líquida, como dizia o sociólogo Zigmund Baumann, não é fácil e requer um esforço imenso, mas acredito que as compensações são sempre proporcionais aos nossos esforços. Amar hoje traz muito mais felicidade e qualidade de vida.

Viver nesse mundo raso, de muitas opiniões, de tantos especialistas e de mudança constante traz angustia e sensação de desamparo, mas se a gente se conecta com a nossa essência fica muito mais fácil.

Abraçar nossas forças e valores, gerenciar e melhorar nossos pontos fracos é o que faz nossa vida e tempo aqui valer a pena. É isso que faz a vida ser significativa.

Foi muito difícil chegar até aqui. Quem eu sou hoje e olhar com amor e cuidado para toda a minha trajetória, todos os meus acertos e todos os meus erros. Todas as minhas conquistas e todos os meus fracassos.

Falar de fracassos sempre é bem difícil, uma vez que ninguém em sã consciência quer fracassar, mas a verdade é que essa possibilidade somente existe para quem está disposto a arregaçar a manga e fazer dar certo.

Fracassos e quedas fazem parte da vida de quem quer empreender, seja no amor, numa empresa ou num negócio próprio.

A vida não é teoria, é prática, com acertos e com erros. O que faz a diferença é o que aprendemos enquanto experimentamos viver.

Quem tem medo de fracassar e por isso se retrai, não aprende tanto como alguém que se joga no abismo e acredita fielmente na abertura do seu paraquedas.

Viver é um ato de fé, porque por mais controladores que sejamos, ainda assim, temos que dar nossos passos, contanto com a providência que vai fazer os eventos acontecerem de forma a nos trazer os resultados que tanto desejamos.

Eu sou uma dessas pessoas que adora estudar, mas que se motiva mesmo é tirando as ideias do papel e apesar de na maioria das vezes, ter acertado de primeira, em determinado momento tive que me deparar com a derrota. E aprender com ela.

Cair, levantar, sacodir a poeira e continuar. A vida não para. Mesmo nos momentos em que a gente acha que nada está acontecendo.

Viver e se conhecer é um evento solitário, embora estejamos cercados das pessoas amadas, que nos dão forças para trilhar o nosso caminho.

Às vezes, eu me surpreendo, me distanciando da minha essência. Nesses momentos eu paro e lembro da minha lista de desejos, dos meus sonhos, dos meus objetivos e o que realmente me faz feliz.

Lembrar de quem eu sou, de tudo o que eu vivi e de tudo o que eu quero para mim, me traz instantaneamente a paz e serenidade que eu preciso para continuar lutando, continuar construindo, continuar amando.

A vida com seus eventos e interações faz com que nos afastemos da nossa essência, mas se estivermos atados ao nosso coração, ao nosso brilho interior, uma chamada é feita para que voltemos ao nosso eixo e sigamos com firmeza em direção aos nossos objetivos, sejam eles quais forem.

Como você equilibra o que está na sua mente com aquilo que vai no seu coração?

Tempo, Amor, Morte

Vamos falar sobre valores? 

Aquelas palavrinhas mágicas que regem a nossa vida?
Bom, começaremos, então,  pelos três mais importantes deles.
Importantes, porque independente de qualquer movimento que a vida faça ou o que queremos, eles estarão sempre lá, comandando nosso destino, nossas ações e o nosso coração.
Vem um texto muito bom…
Aguarde!

 

Quarenta a quarenta em cinco anos.

Fotor_149642320068848

Crédito da imagem do Caminho de Santiago: Luis Filipe Esteves

Dos quarenta aos quarenta e cinco. Cinco anos. Passou num piscar de olhos. Tão rápido quanto um raio, que traz a energia, o barulho e inquietude para a terra.

Mexeu nas minhas estruturas feito um tornado e o mais incrível é que eu entrei nos quarenta anos querendo uma vida tranquila, sem grandes mudanças ou transformações.

Achei que após os quarenta a vida ficaria mais tranquila, entraria num momento de calmaria.

Ledo engano, as minhas maiores transformações estavam apenas começando. Os maiores desafios também.

A palavra metanoia significa mudar de conceito, mudar de ideia ou mudar seus próprios pensamentos. Um conceito trabalhado por Carl Jung e que para nós, simples mas, não meros mortais é mais conhecida como crise da meia idade.

E essa crise vem justamente pela necessidade de rever tudo aquilo que para nós até então era o correto, aquilo que até então funcionava. Transformar a perspectiva, entender o quão longe chegamos, se valeu a pena o esforço, quem somos no momento e como seguiremos em frente, é mais do que necessário para uma vida saudável.

Para entender um pouco, segue o link para o primeiro post, feito há cinco anos no dia do meu aniversário de quarenta anos: https://andreiaworld.wordpress.com/2012/05/28/quarenta-anos/

E seguindo frente, vem essa segunda etapa da vida em que nos preparamos, dia-a-dia, entendendo que caminhamos para o envelhecimento, com a certeza de que estamos fazendo o melhor e que tudo que nos acontece faz parte do amadurecimento e enriquece a nossa jornada.

Se no meu primeiro compartilhamento, quando fiz quarenta anos, eu questionava imensamente esse turbilhão de mudanças, crises e transições, hoje eu estou em paz com todas elas. As encaro de frente, com serenidade e dando o melhor de mim, pois entendo a minha necessidade de mudança constante, de aprimoramento e de questionamento.

Não deixei que aquela pessoa cheia de energia morresse, mas hoje ela aparece nos momentos em que tem que aparecer. Sua energia é canalizada para onde é mais necessária.

Também me deparei com um novo tipo de solidão, aquela causada pelo isolamento compulsório ou voluntario. E com ela olhei de frente para a morte. A metafórica e a literal.

É engraçado que quando eu estava casada, meu maior pavor era me ver sozinha no mundo, vivendo por mim, enquanto meu ex-marido ansiava por viver essa experiência de estar sozinho. Hoje ele está casado e feliz e eu tenho como melhor amiga, a solidão, que não é um peso e nem tampouco uma bandeira. É tão somente uma nova maneira de viver a minha vida, com os benefícios e preços que esse modo de viver cobra.

Somente com essa solidão e em determinado período, isolamento voluntario, é que fui capaz de mergulhar fundo no autoconhecimento e encontrar os tesouros escondidos no coração dessa mulher para sempre inquieta.

Em cinco anos me deparei com o coaching, que é a minha nova profissão, paixão, missão de vida e a ela dedico meu tempo e empenho, meu amor e todos os meus esforços, pois sei exatamente o propósito de estar vivendo algo que muda a vida daqueles que procuram meus serviços e de quebra a minha vida.

Cada sessão é um aprendizado para o coachee e para mim. Não existe prazer maior que ver lágrimas de alegria, pertencimento, gratidão e certeza de estar no caminho certo. Eles choram e eu me emociono sempre.

Estudo muito para me aperfeiçoar mais e mais, pratico incansavelmente tudo o que aprendo para que outros também realizem seus sonhos e que nesse processo, conheçam aspectos da sua personalidade e essência que somente esse impulso de realização é capaz de emergir.

Meu livro está quase pronto, está lindo e é um mergulho profundo nessa jornada de tirar o fôlego. Agora vem a corrida para editar e publicá-lo.

O Caminho de Santiago que era somente uma viagem de autoconhecimento e agradecimento, virou um projeto sensacional, ao qual estou apaixonadíssima e trabalhando para que toque muitos corações, como o próprio caminho que por si, já traz essa vivência.

Plantei novas árvores, a cidadania italiana está do outro lado do Atlântico, com meio caminho andado, mudei de ideia quanto a intercambio, pois, outros projetos, mais alinhados com quem eu sou hoje tem maior prioridade na minha vida. Eu cresci tanto que o intercambio ficou pequeno para mim.

Fui voluntaria de várias formas, inclusive auxiliando em um TEDx São Paulo, umas das minhas paixões. Ganhei uma nova família da vida, amigos queridos, vivi amores e desilusões que me trouxeram muito aprendizado.

Meus amigos casaram e mudaram de vida, como a vida mudou de diversas maneiras, mas sempre alinhada com a inteligência do coração, trazendo novas experiências e perspectivas, mais ricas e completamente distantes de onde tudo isso começou.

Me despedi de coisas e pessoas. Caí, levantei, desapeguei, pintei o apartamento, mudei, saí completamente da minha zona de conforto e aprendi abrir os braços para a vida e receber todos os presentes que ela nos oferece todos os dias. Também aprendi que tudo dura o tempo que durar e é necessário deixar ir.

Conheci tantas pessoas lindas e ricas de nova bagagem, alinhadas com o meu propósito e entendimento nesse momento de vida. Reforcei amizades e também entendi que tudo tem seu tempo e motivo de ser.

Em cinco anos, a vida se transformou tanto e teve tantos novos significados que é necessário um livro para contar em detalhes e ele está saindo do forno!

Para encerrar esse post, eu ensino a todos que se derem a oportunidade de ler até o fim, algo que eu aprendi nos meus treinamentos de coaching, que aplico na minha vida e nos meus coachees:

1 – Confie na sua intuição e na força que reside no seu coração. Elas são a bússola e armas necessárias para enfrentar qualquer desafio. Acredite, elas residem em você e use-as sem moderação.

2 – “Não superestime o que você pode fazer em seis meses e não subestime o que você pode fazer em cinco anos”. Aja hoje. Aja agora. Aja e você verá.

3 – Não tenha medo da inquietude, das crises, dos desafios. Eles lapidam e o torna um ser humano de valor. Saia da zona de conforto, deixe a cabeça vagar pelos caminhos de sonhos e criatividade e as oportunidades aparecerão.

4 – Mensure seus resultados. Tire um tempo para realizar essa análise e entender se você está no caminho certo ou se tem que corrigir a rota. Entre em contato com o seu progresso.

5 –  Seja sempre positivo. A energia que você gasta sendo negativo é sempre muito maior que a que se gasta tendo pensamentos bons e que levam sempre à soluções. Acredite. Eu digo por experiência pessoal.

Por fim, se você estiver alinhado com o seu propósito de vida, vivendo intensamente aquilo que vai no seu coração, você verá que mesmo que ocorram muitos contratempos, você ainda realizará muito mais do que você havia planejado.

Abrace a vida. 

Há certos eventos que marcam imensamente a nossa vida.

Quando são positivos trazem alegria e paz ao coração, porém, quando são negativos guardam muitas vezes angústia e tristeza.
O que fazer então quando as lembranças ruins apertam o coração, mudam a nossa vibração e nos jogam para baixo?
Mudar o foco e olhar para o futuro!
O passado está finalizado, morto, acabado. Não há o que se faça, ele não voltará, não será diferente, simplesmente porque os nossos desejos são diferentes do ocorrido.
Se apaziguar com os fatos então é o primeiro passo. O segundo é aprender as lições. Olhar com distanciamento e você as verá.
O terceiro passo é por seu fico no presente, reverenciando a pessoa que você é hoje e encontrando seus pontos positivos e evolução.
Sonhe com um futuro melhor mas tão melhor que a experiência negativa seja tão somente um fato pequeno e sem importância.
Planeje e haja para que seus maiores sonhos saiam efetivamente do papel.
Somente a ação continua e persistente transforma os maiores sonhos em realidade.
Lembre-se que os passos devem ser firmes, mas não apressados.
Lembre-se que constância é melhor que grandes arroubos, por isso realize algo todos os dias.
É você quem colore sua vida, portanto utilize todas as cores possíveis e que façam sentindo para você.
Meça seus progressos. Recompense-se pelas pequenas conquistas.
Não se distraia. Seus olhos devem estar grudados no objetivo, seus braços devem trabalhar por eles, suas pernas devem caminhar todos os dias de encontro ao seu sonho.
Não se assuste com as quedas e os tropeços, eles são simplesmente parte da história e servem para fortalecê-lo e fazê-lo lembrar da prudência e atenção.
Agradeça tantos os dias bons quanto os de desafio, pois esse é tempero da vida. Nos entendíamos quando a rotina nos encontra, porém fatie os desafios aos quais não pode lidar. Desafio maior do que podemos suportar nos enfraquece e desmotiva.
Peça ajuda, aprenda, aprimore. Experimente.
Não tenha medo de mudar caso ache necessário.
Entenda que viver dá trabalho e realizar sonhos também e muitas vezes essa jornada, assusta demais, mas a recompensa sempre vale muito a pena.
Eventos negativos tomam um novo e melhor significado, com a nossa insistência por dias melhores, por uma vida melhor.
Não tenha medo de viver simplesmente porque algo não deu certo. Melhores e maiores dias estão prontos para ser escritos e como a vida é escolha, escolha viver a melhor vida que você pode viver. Para você. Por você.
Abrace a vida como você abraça seus filhos.
Ela vai retribuir, com significado e superação.
Está dentro de você.
Escolha viver o mais realizador e melhor momento: o agora!
Amorosamente. Respeitosamente. Sabiamente. 😍🙋🙌🙏
Se você se ampara, o Universo conspira e o ampara também! 😉

Um pequeno podcast

Mickey

Um texto lindo de Walt Disney sobre sonhos, decisão, pensamento positivo e realização que eu transformei num pequeno podcast.

Ele mostra o poder da decisão nas nossas vidas:

Transcrição:

“E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar…
Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.
Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tivesse sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde.
Agora me importa simplesmente saber melhor o que fazer.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.
Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de”amigo”.
Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, “o amor é uma filosofia de vida”.
Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma tênue luz no presente.
Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, decidi trocar tantas coisas…
Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornarem-se realidade.
E desde aquele dia já não durmo para descansar… simplesmente durmo para sonhar.”

Compreensão e empatia

Empatia e compreensão.

No Budismo não há perdão. Ninguém perdoa e ninguém é perdoado.
E eu a cada dia mais compartilho essa mesma idéia. Essa mesma lógica.
Eles dizem que se alguém faz algo para você que o machuca ou maltrata de alguma maneira, então devemos ter em mente que essa pessoa está não está bem consigo.
Da mesma maneira devemos nos colocar no lugar dela e entender circunstâncias e crenças envolvidas no ocorrido.
Nesse ponto chegamos ao meu primeiro contado com estudos de perdão. Perdão é entendimento, é compreensão e é aprendizado.
Quando deixamos para trás todos os nossos primeiros entendimentos do perdão, onde a pessoa que perdoa acaba se coloca numa posição superior, o que mexe com a vaidade a quem se é perdoado o que mexe com a humilhação muitas vezes, podemos efetivamente nos deparar com a compreensão, com o entendimento, com o aprendizado que a situação provoca.
Se estamos aqui para deixarmos um mundo melhor e para evoluirmos como seres humanos podemos pelo menos refletir se está na hora de deixar velhas crenças que já não servem mais.
Devemos aprender, reparar e se regenerar dos nossos mal feitos.
Por outro lado, também não devemos deixar alguém que compreendemos que não está bem nos machucar por não saber lidar com suas próprias feridas.
O melhor é dar um tempo, sair, ou mesmo se afastar momentaneamente ou definitivamente, uma vez que talvez essa pessoa não esteja preparada para mudar sua conduta.
O perdão então tem um peso muito grande na nossa evolução. O perdão não é exatamente algo positivo, pois nos coloca em posição de julgador, que absolve ou condena alguém e aí vem a pergunta, quem somos nós para perdoar?
Nos os seres cheios de defeito e em plena evolução.
Será que compreender, ser empático, colocar limites já não é o suficiente?
Será que nessa compreensão não cabe o deixar ir e seguir para o novo dia somente com as novas crenças? Com o novo entendimento? 

Estado Zen

vuon-thien-02

Um sentimento não tratado, se transforma numa sombra que é projetada para o mundo muitas vezes de maneira inconsciente. Isso se dá das mais diversas formas, as vezes de maneira inconsequente, mas sem consequência, as vezes de maneiras realmente abusivas ou perigosas.

Por ter não vivido esses momentos ruins na sua essência, afinal de contas ninguém quer sofrer, acessei os meus os piores lados que pareciam explodir sem que eu tivesse a menor condição de prevenir ou reagir a eles.

Esses vêm para nos ensinar qual é realmente a nossa essência. Eles rasgam, questionam, provocam e jogam na sua cara aquilo que a nossa arrogância e vaidade diz não fazer parte das nossas vidas. E ensinam justamente por testar todos os nossos valores, que se não forem fortes nesse momento se quebram como cristal.

Senti coisas as quais não me orgulho, caí algumas vezes por não estar calçada com sentimentos maiores, que haviam sumido, me vi vítima da vida, do apego e da inveja.

Acredito que mesmo que tudo pareça estar estagnado, que você esteja vivendo no lado negro, a vida traz as maneiras corretas de nos forjar. Parece que nada está acontecendo e quando a gente vê já não é de novo a mesma pessoa que era antes da dor começar.

E cada sentimento ruim trouxe a sua lição e sua transformação. E cada sentimento ruim reforçou todos os meus valores, me fez conhecer o meu melhor lado, me mostrou também a força para não sucumbir a crise a qual eu estava inserida.

O que a Monja Coen tem a ver com tudo isso?

Após deixar as sombras livres para se expressar e ver que nem sempre esse resultado é o melhor, para mim e para quem convive comigo, resolvi ir atrás de outras formas de acolhê-las em paz comigo e com o Universo e cheguei nos vídeos da Monja.

Os ensinamentos e o que eu comecei discretamente a praticar, estão trazendo uma paz de espírito muito grande nesse momento da minha vida.

O meu caminho hoje passa por:

  • Praticar o não julgamento;
  • Ouvir mais. Escuta ativa;
  • Procurar não criticar;
  • Procurar não projetar as minhas sombras no outro;
  • Entender os meus sentimentos negativos e utilizá-los para o meu benefício e não para atingir ao próximo;
  • Não dar opiniões não solicitadas;
  • Olhar com distância aos acontecimentos;
  • Praticar o desapego.
  • Praticar o silêncio.

Eu tenho a consciência plena de que esse é um exercício que eu terei que praticar pelo resto dos meus dias. Durante as vinte quatro horas do dia. Sei também que às vezes vou falhar, e nesses momentos serei amorosa comigo mesma e vou recomeçar aprendendo mais uma lição.

Sei que muitas vezes também terei as palavras certas e reconfortantes, caso sejam solicitadas, sei que estarei mais conectada.

Com a minha essência, com os meus semelhantes, com o Universo.

Um gesto de sabedoria muda uma vida.