Definitivo

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Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional…

Martha Medeiros

A morte em vida.

A diferença entre viver e apenas respirar.

Não há vida sem paixão. Paixão por estar vivo.

Vale a reflexão:

“Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.”

— Martha Medeiros

Morte_Pablo_Picasso

Desiderata

Desiderata – Tradução

Vá placidamente por entre o ruído e a pressa e lembre-se da paz que pode haver no silêncio.

Na medida do possível, sem se entregar,
esteja em boas relações com todas as pessoas.

Fale a sua verdade calma e claramente;
e escute os outros, mesmo os estúpidos e ignorantes;
eles também têm sua história.

Evite pessoas barulhentas e agressivas;
elas são tormentos para o espírito.

Se você se comparar com os outros, você pode se tornar vaidoso ou amargo, porque sempre haverá pessoas superiores e inferiores a você.

Desfrute suas conquistas assim como seus planos.
Mantenha-se interessado em sua própria carreira, mesmo que humilde;
ela é um ganho real na fortuna cambiante do tempo.

Exercite a cautela nos negócios, pois o mundo está cheio de trapaças.
Mas não deixe que isso o torne cego à virtude que existe;

Muitas pessoas lutam por altos ideais, e toda a vida é cheia de heroísmo.

Seja você mesmo. Principalmente não finja afeição.
Nem seja cínico sobre o amor, porque em face de toda aridez e desencanto,ele é tão perene quanto a relva.

Aceite gentilmente o conselho dos anos,
renunciando graciosamente às coisas da juventude.
Cultive a força do espírito que o protegerá no infortúnio inesperado.
Mas não se desespere com perigos imaginários.
Muitos temores nascem do cansaço e da solidão.

Adote uma disciplina sadia, seja gentil consigo mesmo.
Você é filho do universo nada menos que as árvores e as estrelas;
você tem o direito de estar aqui.
E se é ou não é claro para você, sem dúvida o Universo se desenrola como deveria.

Portanto, esteja em paz com Deus, não importa de que maneira você O conceba
e sejam quais forem seus trabalhos e aspirações na barulhenta confusão da vida mantenha a paz em sua alma.

Com todos os enganos, labuta e sonhos desfeitos, é ainda um mundo maravilhoso.
Seja alegre. Esforce-se para ser feliz.

(Escrito por Max Ehrmann nos anos 20)

*Desiderata do latim “Coisas para se desejar”*

Quarenta anos.

Eu com idade entre 6 e 8 meses

http://www.youtube.com/watch?v=9QiP9aqOrYA

(A minha música)

Então é isso: quarenta anos vividos! Mudança de fase, de década, entrada de um novo ano.

Mudança de vida? Não sei.  Será que é necessário?

Como disse a minha amiga querida: amiga você vive numa transição. Será que não é hora de aceitar?

Sim, exatamente isso. Chegou a hora de aceitar.

Aceitar as coisas que eu não posso mudar, aceitar-me como eu sou, compreender o que se passa. Hora de se perdoar e seguir em frente, porque tem muito mais vindo por aí.

Nesses quarenta anos, perdi meu pai menininha ainda, fui mãe e casei na adolescência, hoje tenho um filho de 24 anos, lindo, que eu amo demais e que começa a seguir seus próprios passos na vida, me separei e casei de novo.

Passei por várias cirurgias, sendo que a mais importante devolveu meu corpo e a minha autoestima e por causa dela também enfrentei quase uma década de tratamento para não morrer de inanição.

Corri atrás de uma profissão. Fiz faculdade, virei noites sem dormir trabalhando e perdi festinhas do meu filho.

Passei por um final de casamento após 17 anos juntos e enfrentei  junto com a separação o meu maior pavor: a solidão. Hoje somos amigas. Eu e a solidão. Aprendemos muito uma com a outra. E nisso não há nada de ruim. Sou sozinha e não solitária.

Enfrentei o desemprego, as promoções e o desafio da profissão, aprendi outras línguas.

Aprendi a enfrentar o que quer que fosse, inclusive o pânico.

Sei que posso muito mais e que hoje começa uma nova etapa da minha vida.

Sei que chega de tristeza, deixo o passado para trás e sei que eu mereço o melhor.

Nesses anos, fui ferida e feri, fui amada e amei, fiz sofrer e sofri, mas também e o que é melhor nessa minha jornada: ensinei e aprendi muito.

Aprendi muito com todos os que passaram pela minha vida, tenho amigos lindos que estão comigo há muito tempo e que ficarão até o fim. Existem outros que partirão e deixarão saudades e outros que chegarão para contar suas histórias e deixar suas lições, transformando a mim sempre num ser humano melhor.

Daquela menininha que se sentia tão pequenina e assustada diante do mundo, nasceu uma mulher forte que enfrentou muitos desafios e se superou diversas vezes.

Daquela mesma menininha ainda vive e está sempre acesa a chama da felicidade, do riso fácil, da vontade de brincar e ser livre.

Dessa mulher que sou hoje, existe um pouco de cada um que passou pela minha vida. Existe muito de bondade e de amor.

Em 2005

Para os próximos anos há tanto o que se fazer…

Ainda preciso escrever um livro, fazer um intercambio, passar um mês na Itália, tirar a minha cidadania.

Preciso pintar as paredes do apartamento, me alimentar melhor e dormir idem. Preciso ser mais organizada, gerenciar melhor o tempo e ter mais tempo para a minha família.

Preciso fazer uma grande limpeza de tudo o que não vou usar, de tudo o que já serviu e não me serve mais.

Preciso fazer o caminho, outros cursos e me conhecer ainda mais.

Quero ser voluntaria, plantar mais árvores,  fazer meus amigos sorrirem e sorrir com eles todos os dias que eu puder. Quero ser sempre o ombro quando precisarem de mim.

Quero ser menos intransigente, orgulhosa, geniosa e teimosa. Quero fazer menos drama e me importar menos com quem importa nada.

Quero dar meu amor a quem mereça de verdade.

Quero errar menos e ter menos comportamentos repetitivos.

Quero que a bondade e o amor que eu sinto no meu coração sejam cada vez maiores e que possam atingir todos os que chegarem perto de mim.

Quero me apaixonar loucamente e ser igualmente correspondida.

Quero amar e ser amada, pelo homem da minha vida, que ainda não chegou, mas com certeza deve estar por aí certamente procurando por mim.

Quero uma família, uma casa, amigos e churrascos de final de semana. Quero natais grandiosos.  Quero tudo o que a vida tem guardado para mim.

Para finalizar esse post, assemelho o nosso crescimento e a nossa vida ao caminhar numa estrada. Uma estrada que passa por cidades, que encontra outros peregrinos, que para num determinado local e passa um tempo. Que vê paisagens e destruição.

Meus 39 anos

No meu crescimento pessoal tive que correr, desviar a rota, parar, seguir em frente. Andei em círculos, parei e chorei feito uma menininha, dormi embaixo de árvore somente para aproveitar a sombra, contemplei, machuquei os pés, me despedi de pessoas, encontrei com outras e conhecerei mais umas tantas.

Como em qualquer estrada, todos os dias nos deparamos com bifurcações, fazemos escolhas e somos objetos, para o bem e para o mal, da escolha do outro. Cada escolha muda meu destino. E eu só posso confiar cegamente que é para o meu maior bem todos os eventos que ocorrem na minha vida.

Sou e sempre serei uma aluna na vida. Quero aprender, quero ensinar, quero amar e quero ser sempre feliz.

Esse é meu desejo de aniversário: ser sempre um ser humano melhor!

Definição.

http://www.youtube.com/watch?v=tyBvtrjLUrg&feature=youtu.be

O que te define? Quem é você? Do que você gosta de verdade e o que você quer?

De você e dos outros. Você consegue responder à essa questão?

Como você pensa, como você age, como você sente, como e quando você reage, como você se relaciona com os outros, com você mesmo. Como você ama?

O que te deixa puto, o que te faz sorrir, como você encara a felicidade e quando você se deixa enganar, quando você engana, quando você é bom e quando você literalmente enfia o pé na jaca?

São muitas questões e principalmente questões que juntas e muito bem respondidas definem quem somos e como nos comportamos diante da vida e da nossa sociedade.

Saber o que te define faz com que você olhe as pessoas de frente e saiba exatamente quando e como ser sincero.

Mas o grande lance e barato da vida é justamente saber se definir. É mergulhar nas crises, é vencer o medo, o silêncio imposto, a rejeição, é confiar mesmo quando o coração já sofreu, e superar os próprios limites e os limites impostos pelos outros.

Definir quem se é, passa por superação com certeza.

Definir-se é superar o insuperável. É olhar para si mesmo com amor e justiça. É encarar que se é humano, falível, passível de erros, às vezes influenciável e vulnerável.

É amar e se magoar. É olhar os outros com amor, é ser sincero consigo mesmo antes de tudo.

É saber que também magoamos mesmo quando estamos munidos das melhores intenções. É saber que as suas melhores intenções passam por uma aprovação do outro e que nem sempre ele vai entender, ou aprovar, ou aceitar e ainda assim se sentirá magoado.

É saber, compreender, entender que ainda com as melhores intenções, você, ainda assim machucará alguém.

E isso o machucará também.

E você deve se perdoar. Isso também o define. A capacidade de entender e perdoar. Aos outros e a si mesmo.

Definir-se é saber que quando se magoa o outro o negócio é recuar e deixar o tempo passar. É rezar para que o melhor aconteça, para você e para ele. É se recolher com o seu sofrimento.

É saber o que se quer e também mudar de idéia quando se chega a hora de mudar. É aceitar que temos nossas necessidades, nossos tempos e que muitas vezes temos o fator de ter outras pessoas envolvidas nessas escolhas.

É saber esperar, saber calar, saber ouvir.

É vibrar no compasso das pessoas que estão ao nosso lado. É deixar que nos amem. É deixar que partam, quando isso for preciso, quando isso for necessário.

É aceitar de peito aberto que existem pessoas que só estão de passagem e outras que ficarão. É notar que a vida é cíclica e que todos nos trazem alguma resposta, algum ensinamento.

É entender que o ciclo da vida é finito. Ainda que nos doa. Ainda que haja pesar.

É saber também que no ciclo da vida, pessoas que desapareceram, de repente aparecerão novamente, trazendo um novo ar, uma nova atitude.

É compreender que às vezes a gente não deve fazer nada, simplesmente deixar, soltar, calar.

É saber que também temos que lutar até dar nossa última gota de sangue. É fazer valer a pena, independente do resultado que tenhamos. É entender que temos que lutar, que viver.

É sentir com o coração, é ser…ser…e sempre ser…ser simplesmente humano.

E termino com a Balada do Louco dos  Mutantes na voz de Ney Matogrosso…

Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz

http://www.youtube.com/watch?v=haf3cilsTwQ

Em busca do caminho do meio

Em busca do caminho do meio.

“Start by doing what’s necessary; then do what’s possible; and suddenly you are doing the impossible.” – St. Francis of Assisi

Hoje eu não só vou como preciso falar do meu relacionamento com Deus. Falarei de espiritualidade segundo a minha visão e minha experiência, que nada serve para ninguém, mas serve de subsídio para que outros possam pensar a respeito se assim quiserem.

Deus/Universo/A Luz (pouco importa o nome que se dá ao Supremo) opera suas obras em todas as coisas/formas/vidas desse planeta, a todo o momento, sem que estejamos atentos que isso faz parte de algo maior.

Cada desafio na vida de um ser humano, cada lição aprendida, cada sussurro da nossa voz interior, cada ser humano que entra na nossa vida, cada sonho consciente que temos é Deus operando seus milagres.

Que milagres são esses? Longe de mim dar aqui a conotação religiosa para isso. Estou falando de ligação com o divino, com o universo, com a nossa força interior, que nos fala, nos ensina amorosamente tudo aquilo que precisamos saber e/ou aprender.

Estou falando da nossa ligação com o amor. Isso para mim é milagre. Puro e simples.

Adoro estudar as religiões, mas não me ligo a elas, porque eu acho que elas têm tanto em comum e tantas diferenças maravilhosas, que eu posso aproveitar o melhor sem efetivamente me envolver. Definitivamente não é esse meu papel espiritual.

Tem muita gente esperando mares serem abertos para acreditar em milagres. Eu não. Acredito em milagres nas coisas simples, na voz cada vez mais alta e mais sábia da minha intuição, no contato com pessoas do bem e que ensinam muito que são instrumentos de aprendizado. E das pessoas que literalmente somem da nossa vida por não estar na mesma sintonia.

Li uma frase ótima hoje a qual compartilho aqui e que tem tudo a ver com o que eu estou falando:

“O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certezas…” (Bukowski)

Mudando a frase para um contexto mais espiritual vejo o quanto tem gente que acha que tem o “dom da palavra” sem ao menos se questionar se está no caminho certo ou não. #Errograve!

No final das contas eu acabo tendo compaixão, porque afinal de contas, todo mundo tem uma história a ser superada e quando isso não acontece a gente se agarra a vida da maneira que pode, ainda que não seja o melhor caminho.

E ainda me questiono: quem disse que esse não é o melhor caminho para esse ser humano?

Porque tudo isso? Simplesmente porque eu tive nos últimos dias a certeza de que eu estou no caminho certo, o caminho eu que estou trilhando, tenho a certeza divina ser o melhor para mim. Isso acontece simplesmente e toda a vez que abro meus olhos e meu coração para olhar o outro.

E o que eu vi nos últimos dias não foi bom. E o que eu senti? Bem, o que eu senti definitivamente foi péssimo e me tirou do meu eixo. Existem pessoas que entram na vida da gente e nos sugam a energia vital tal como vampiros.

Foi exatamente isso que aconteceu.  Acabou a minha energia e fisicamente apareceu no meu rosto o que estava acontecendo. Mas passou. Passou porque a minha fé é inabalável e a minha conexão com Deus é verdadeira: “tudo o que eu preciso saber vem a mim!” e “Livrai-me de todo o mal”! São meus mantras. E eu pedi. Pedi humilde e fervorosamente: “Que aconteça o melhor!”

E a resposta não poderia ser outra. O melhor aconteceu.

É difícil se estar ao lado da verdade e não ser contaminado por ela. Quem agüenta fica, quem não agüenta vai procurar ilusões, fantasias, histórias fantásticas em outro lugar. Ainda assim, essas pessoas nos contaminam.

Enfim, acabou. E o que veio após isso foi uma noite de sono maravilhosa e reparadora. A paz se instalou novamente no meu coração. Procurei esvaziar-me e me livrar da egregóra e das formas-pensamentos instaladas nos últimos dias no meu espírito.

Hoje acordei depois de um sonho maravilhoso, ao qual eu contarei num outro post, e que mostrou o quanto eu estou no caminho certo, estando no caminho do bem.

Tá soando um papo estranho não é? J

Na verdade é mais simples do que isso a minha estrada espiritual. Ela é formada de sorrisos, de bondade, de compaixão, de paz e de amor. Muito amor. Um amor tão grande que transborda do meu corpo e cria uma espiral de energia boa que atinge a todos que de mim se aproximarem.

Não tenho inimigos, não guardo rancor, não crio ou vejo problemas onde eles não existem.

Estou descobrindo com o Taoísmo o princípio da não-ação. Ou seja, fazer o que você pode e parar de agir para deixar que o Universo tome conta do resto.

Todos os nossos gestos e pensamentos tem uma força e uma certeza. Mudam a nossa história. Os nossos não-gestos, se assim posso falar, também, mas nesse caso, deixamos que forças maiores tomem amorosamente conta daquilo que a nossa razão é incapaz para entender.

Eu acredito na bondade e no amor com toda a força do meu coração e toda a força do meu espírito e é por isso que eu termino esse post com a alma lavada e com as frases:

“Que haja AMOR, COMPAIXÃO e PAZ entre todos os seres do UNIVERSO”!

“Construindo um novo eu, eu construo um novo MUNDO!”

“Ama ao próximo, como a ti mesmo!” (Essa é difícil praticar, porque depende de um auto-conhecimento gigantesco)

E não menos importante:

“Mais AMOR, por favor!” (É somente disso que o nosso mundo precisa. Sem religiões, ideologias, filosofias, razões)

Mais AMOR. Simples assim! 😀

Coragem para reciclar

“Eu tenho coragem para me reciclar. Sou uma pedra bruta e a vida gentilmente me lapida.  Eu quero, eu posso, eu consigo”.

Um post que fala de se reciclar, mudar, se permitir, e principalmente de ter coragem para sermos quem na verdade somos! 

O melhor da vida e é ela não ser estática. Ela se recicla a cada minuto. Muda, ajeita, remonta, re-arranja!
Cada dia é um dia. E você pode fazer tudo diferente. A vida te dá uma chance e a dádiva de poder mudar seu destino.
Cada momento é uma nova oportunidade de construir e fazer o melhor.
Cada segundo é uma nova respiração, onde o ar é renovado e as idéias oxigenadas.
Quem é você? O que você quer para a sua vida?
O que você está fazendo para melhorar o seu dia, as suas relações com o mundo, as pessoas.
O que você está fazendo, construindo para você?

Para ajudar nessa questão vai um texto enviado pelo Tadashi Kadomoto que eu acho maravilhoso (momento de pura verdade):

“Não me interessa saber o que você faz para ganhar a vida.
Quero saber o que você deseja ardentemente, se ousa sonhar em atender aquilo pelo qual seu coração anseia.

Não me interessa saber a sua idade.
Quero saber se você arriscará a parecer um tolo por amor, por sonhos, pela aventura de estar vivo.

Não me interessa saber que planetas estão em quadratura com sua lua.
Quero saber se tocou o âmago da sua dor, se as traições da vida o abriram ou se você se tornou murcho e fechado por medo de mais dor!

Quero saber se pode suportar a dor, minha ou sua, sem precisar escondê-la, reprimi-la ou narcotizá-la.

Quero saber se você pode aceitar alegria, minha ou sua; se pode dançar com abandono e deixar que o êxtase o domine até as pontas dos dedos das mãos e dos pés, sem nos dizer para termos cautela, sermos realistas, ou nos lembrarmos das limitações de sermos humanos.

Quero saber se consegue desapontar outra pessoa para ser autêntico consigo mesmo, se pode suportar a acusação de traição e não trair a sua alma.

Quero saber se você pode ver beleza mesmo que ela não seja bonita todos os dias, e se pode buscar a origem de sua vida na presença de Deus.

Quero saber se você pode viver com o fracasso, seu  e meu, e ainda, à margem de um lago, gritar para a lua prateada: “Eu Posso!”

Não me interessa onde você mora ou quanto dinheiro tem.
Quero saber se pode levantar-se após uma noite de sofrimento e desespero, cansado, ferido até os ossos, e fazer o que tem que ser feito pelos filhos.

Não me interessa saber quem você é e como veio parar aqui.
Quero saber se você ficará comigo no centro do incêndio e não se acovardará.

Não me interessa saber onde, o quê, ou com quem você estudou.
Quero saber o que o sustenta a partir de dentro, quando tudo mais desmorona.

Quero saber se consegue ficar sozinho consigo mesmo e se, realmente, gosta da companhia que tem nos momentos vazios.

The Invitation, inspirado por Sonhador da Montanha Oriah, ancião índio americano”

 

E para finalizar o início de uma música do Black Eyed Peas que eu adoro e que tem tudo a ver com reciclar:
“Welcome…
Welcome to The E.N.D.
Do not panic.
There is nothing to fear
Everything around you, is changing
Nothing stays the same
This version of myself is not permanent
Tomorrow, I will be different
The Energy never dies
Energy cannot be destroyed, or created
It always is and it always will be
This is the end, and the beginnig
Forever…Infinite…Welcome…”

Minha precoce nostalgia

Esse post nasce das infindáveis conversas com minha querida amiga Tati. O assunto é o arrependimento pelos nossos feitos.

Meu lema de vida sempre foi se tiver que me arrepender, vou me arrepender daquilo que eu vivi, pois com isso eu tenho a oportunidade de aprender e seguir em frente. O arrependimento pelo que eu não fiz é somente: arrependimento pelo que eu não fiz! O que eu vou aprender? O que eu vou levar junto comigo? O que agrega na minha vida o que eu não vivi?

E no mais é isso:É preciso coragem para ser feliz. Seja valente!”

A música não poderia ser mais apropriada: Circle Of Life do Elton John.

http://www.youtube.com/watch?v=o8ZnCT14nRc&feature=related

 Liga o som, aumenta o volume e vamos começar. ! 🙂 

A MINHA PRECOCE NOSTALGIA!
Maria Sanz Martins
 

Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo um cálice de Porto, dizer a minha neta:

– Querida, venha cá. Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu lado. Tenho umas coisas pra te contar.

E assim, dizer apontando o indicador para o alto:

– O nome disso não é conselho, isso se chama corroboração! Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões. E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis a pele mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta saudável e forte.

Por isso, vou colocar mais ou menos assim:
 

  • É preciso coragem para ser feliz. Seja valente.
  • Siga sempre seu coração. Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão.
  • E satisfaça seus desejos. Esse é seu direito e obrigação.
  • Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você.
  • Tenha poucos e bons amigos.
  • Tenha filhos.
  • Tenha um jardim.
  • Aproveite sua casa, mas vá a Fernando de Noronha, a Barcelona e a Austrália.
  • Cuide bem dos seus dentes.
  • Experimente, mude, corte os cabelos.
  • Ame. Ame pra valer, mesmo que ele seja o carteiro.
  • Não corra o risco de envelhecer dizendo “ah, se eu tivesse feito…”
  • Tenha uma vida rica de vida.
  • Vai que o carteiro ganha na loteria – tudo é possível, e o futuro é imprevisível.
  • Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela.
  • Faça sexo, mas não sinta vergonha de preferir fazer amor.
  • E tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável. Porque sim, as pessoas comentam, reparam, e se você der chance elas inventam também detalhes desnecessários.
  • Se for se casar, faça por amor. Não faça por segurança, carinho ou status.
  • A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco!
  • Prefira a recomendação da natureza, que com a justificativa de aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure alguém diferente de você.
  • Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão. É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.
  • Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação. Leia. Pinte, desenhe, escreva. E por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, o faça por mim.
  • Compreenda seus pais. Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam, e sempre farão.
  • Cultive os amigos. Eles são a natureza ao nosso favor e uma das formas mais raras de amor.
  • Não cultive as mágoas – porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.

 Era só isso minha querida. Agora é a sua vez. Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte: como vai você?